Penico Insuflável

Foi um espectáculo com muita cor, muita luz, muita alegria, o que serviu para a mudança de estação da RTP e que eu tive a honra de não ver. Contando com a presença de Durão Barroso, que inaugurou a nova sede em Chelas (sim, leram bem, em Chelas…), foram feitas promessas de um melhor serviço público por parte dos discursadores, incluindo o próprio 1º ministro. Já no dia anterior, e no anterior a esse, e no outro, e ainda no anterior ao outro que era anterior ao anterior, foi transmitido pela RTP1 um programa que contava a sua história e deixava antever grandes projectos para o futuro, dados por exemplo, por Morais Sarmento, ministro da presidência com o pelouro (ah, como eu gosto desta palavra!) da RTP, que conta que a televisão estatal seja realmente uma televisão de serviço público, com grandes projectos e sem preocupações concorrenciais.
Ou seja, vai ficar tudo na mesma…

Realmente, as vezes apetece mesmo fazer isto...
Saberá a quê? E será que alimenta? Ficam aqui as interrogações...

Inauguro aqui uma rubrica de adivinhas no blog, para testar as vossas capacidades mentais… Vejam se conseguem adivinhar esta aqui em baixo. Mais tarde pensarei num fantástico prémio para oferecer a quem adivinhar esta ou outra qualquer que eu meta algures por ai… ou então posso sempre não oferecer nada... Boa sorte.

À meia-noite se levanta o francês,
Sabe das horas e não sabe do mês,
Tem esporas e não é cavaleiro,
Tem serra e não é carpinteiro,
Tem picão e não é pedreiro,
Cava no chão e não acha dinheiro.

Analisando um pouco os comentários, tanto televisivos como radiofónicos, aos jogos de futebol, podemos encontrar algumas pérolas da língua portuguesa dadas pelos nossos belos e inteligentes comentadores. Não, não estou a falar dos já celebres e mundialmente divulgados comentários de Gabriel Alves, muito menos das interessantes e não menos educativas frases de João Pinto, ex-jogador do FC Porto, estou isso sim a falar das frases e expressões ditas constantemente pelos relatadores e comentadores desportivos e que raramente são contestadas pelo mais nobre dos mortais.
Querendo pois contrariar a falta de contestação acerca dessas frases, passo a escrever este post, de modo a chamar a atenção a vós, simples leitores deste modesto blog, do flagelo que são esses comentários.
Começo, então, por uma das mais usadas palavras do vocabulário dos comentadores, excelente, muitas vezes usada em frases do género “Excelente remate ao poste” ou mesmo “Excelente jogada, mas foi longe demais” e ainda “Remate excelente por cima da barra”, ora, ou eu estou enganado, ou excelente é usado para caracterizar algo perfeito, como por exemplo, sei lá, um golo, porque se o remate foi por cima, ou mesmo ao poste, ele não pode nunca ser excelente, visto que excelente é, de facto, algo perfeito poucas vezes atingido e, sinceramente, remates por cima temos muitos, agora golos… Outra expressão também muitas vezes usada é a já célebre “Corte providencial”, usada nas situações de maior perigo para a defesa, que significa qualquer coisa como muito oportuno, mas, e sendo um corte, não será este sempre oportuno? É que quer dizer, um corte, que eu saiba, é uma situação num jogo em que o defesa impede que a bola chegue ao seu destino, por exemplo um atacante, de modo a que este marque golo, mas também pode ser um corte no meio campo de maneira a tirar a bola da posse do adversário por exemplo, e não será esse também um “corte providencial”, ou seja, oportuno? Provavelmente.
Por fim, e para não obrigar o caro leitor a acordar com as marcas do teclado na cara (e também porque não tenho mais expressões para criticar), passo a falar do amplamente usado “Golo à ponta de lança”, expressão sobre a qual eu apenas tenho a dizer (ao comentador claro…): MAS TU ÉS ESTUPIDO? Mas então os golos não todos golos? Um golo à ponta de lança é o quê? Um golo marcado de cabeça marcado dentro da pequena área com a bola a viajar de cima para baixo? Um golo marcado pelo ponta de lança como “só ele sabe”? E se o ponta de lança for um tosco que não sabe chutar uma bola o golo será o quê? Golo à tosco? E se for um defesa a marcar o golo será um golo à defesa? Existirão nas cabeças desses comentadores que inventaram este tipo de golo outros fantásticos golos como o golo à guarda-redes, ou o golo à lateral direito entrado aos 69 minutos da 2ª parte, ou mesmo o golo à Gomes de Sá? Olha que esta hein… Por falar em Gomes de Sá (ou talvez não), lembrei-me de outra fantástica e realmente única expressão usada por esses magníficos comentadores desportivos de alta craveira internacional, e agora sim é para acabar, “Guarda-Redes a jogar como um autêntico Libero”, portanto, um guarda-redes, a jogar como um libero… é assim, ele ou é guarda-redes, ou é libero, logo ou joga como um guarda-redes ou como um libero, agora decidam-se! Porque se um guarda-redes tem necessidade de jogar fora da área com a bola isso não faz com que ele jogue como um libero, apenas faz com que ele jogue como um guarda-redes-que-tem-necessidade-de-jogar-com-a-bola-fora-da-área, nada mais, não é o seu modo de jogar que modifica automaticamente a sua posição em campo, ele é, e será sempre, ao longo do jogo, um guarda-redes, penso eu de que…
E viva os comentadores desportivos…

Amit era um alto funcionário da corte do Rei Akbar. Há muito tempo, nutria um desejo incontrolável de acariciar os voluptuosos seios da rainha até se fartar.

Todas as vezes que tentou, porém, deu-se mal. Um dia, ele revelou seu desejo a Birbal, principal conselheiro do rei, e pediu que ele fizesse algo para ajudá-lo.

Birbal, depois de muito pensar, concordou, sob a condição de Amit lhe pagar mil moedas de ouro. Amit aceitou o acordo.

No dia seguinte, Birbal preparou um líquido que causava comichões e derramou no sutiã da rainha, que o deixara fora enquanto tomava banho. Logo a coceira começou e aumentou de intensidade, deixando o rei preocupado.

Estavam sendo feitas consultas a médicos, quando Birbal disse que apenas uma saliva especial, se aplicada por quatro horas, curaria o mal. Birbal também disse que essa saliva só poderia ser encontrada na boca de Amit.

O Rei Akbar chamou Amit que, pelas quatro horas seguintes, fartou-se em chupar a vontade os suculentos e deliciosos seios da rainha. Lambendo, mordendo, apertando, acariciando e passando a mão ele fez o que sempre desejou. Satisfeito, ele se encontrou com Birbal.

Com seu desejo plenamente realizado e sua luxúria satisfeita, Amit se recusou a pagar ao conselheiro e, ainda por cima, o escorraçou. Amit sabia que, naturalmente, Birbal nunca poderia contar o facto ao rei.

Mas Amit havia subestimado Birbal. No dia seguinte, por vingança, Birbal colocou o mesmo líquido na cueca do Rei que, imediatamente, mandou chamar Amit...

Moral da história: Nunca se deixe de honrar seus compromissos .

E agora algo que vos vai tornar completamente viciados na net, de tal modo que nem para comer irão sair da frente do monitor (ou não, ou não). Para os aficionados do célebre jogo do yeti, esse jogo que já deixou muita gente em frente ao computador por horas e horas, ao ponto de morrerem de desidratação mental… ou então foram só uns minutos, não sei bem.. Eis que aparece no mercado (essa expressão apropriada) o inovador jogo do cubshot, que modifica completamente os objectivos e a maneira de jogar do seu precursor. Parafraseando César, joguem, vejam e viciem-se…

Pois é, parece que já passou um mês desde que este blog entrou na esfera bloguista. E vai daí, decidi escrever este post, mais por não ter mais nada para dizer do que propriamente pelo mês de existência, é que a imaginação anda um bocado por baixo ultimamente… Mas que se pode dizer deste primeiro mês de existência? Basicamente posso dizer que o blog cumpriu todos os objectivos para que foi criado, ou seja nenhum, e por isso estou muito contente. Estou também extremamente feliz pelo facto de pelo menos duas pessoas já terem lido os posts do blog, eu e o meu associado… bem, talvez o meu associado não tenha lido assim muita coisa, portanto uma pessoa já leu os belos posts deste blog, algo que me deixa extremamente entusiasmado quanto ao futuro do mesmo, não haja dúvida! Algo que, no entanto, me deixa perplexo é a marca das 500 visitas prestes a ser atingida, pormenor sobre o qual eu não tenho muita coisa para dizer porque, ou vieram aqui ter por acaso, escrevendo penico no google (é possível, é possível!) ou então o contador está para ali estragado, a multiplicar por 500 os reais visitantes do blog.
De qualquer maneira, aos que de facto vieram cá, aos que tiveram a árdua tarefa de ler e aos que comentaram os tristes e decadentes posts deste blog, o meu muito sentido obrigado, pela vossa paciência, acima de tudo… Vós sois decadentes!

Se existe coisa que é realmente capaz de chocar uma criança acordada às 23 e 50 de uma segunda-feira, é a não colocação da chamada bolinha vermelha num filme para maiores de 16. E mesmo que não choque as crianças é certo que choca os adultos, especialmente os que trabalham na Alta Autoridade para a Comunicação Social, que decidiram processar a já extinta RTP2 pela exibição do dito filme sem bolinha. É obvio que esta decisão é o mais acertado que se pode fazer, especialmente tendo em conta as constantes notícias que passam nos telejornais das três principais televisões portuguesas, em que aparecem cadáveres, mutilações, explosões, destruição, drama psicológico e por vezes sexo, em horas apropriadas para as crianças assistirem recostadas no sofá. Mas claro, é mais importante a não colocação do aviso de filme para maiores do que o controlo das noticias nos telejornais, até porque é, sem dúvida, muito mais chocante.

Lendo esta noticia é possível tirar algumas conclusões acerca da forma como os senhores que regem a indústria musical pensam. Isto porque ou eles são uns ignorantes que desconhecem totalmente a existência de programas peer to peer (P2P), dos quais é possível retirar virtualmente qualquer ficheiro e, neste caso, qualquer música; ou então são grandes anormais, porque acreditam que as pessoas vão utilizar os programas pagos que eles tencionam por no mercado, em detrimento dos funcionais e, acima de tudo, grátis programas P2P. Em qualquer dos casos, se realmente queriam impedir a circulação de músicas ilegais pela Internet, o melhor que tinham a fazer era mesmo impedir estes programas de funcionar. (Ou não, ou não… esqueçam que disse isso, continuem assim que vão longe… ninguém aqui usa P2P e saca musicas da net ilegalmente…)

(Retirado de um daqueles relativamente poucos sites de ódio a Bush)

É curioso notar a profunda qualidade poética das declarações dos dirigentes árabes quando estes estão, de certo modo, zangados com o mundo e com os ocidentais. Analisando meticulosamente (não foi propriamente assim, mas fica sempre bem uma palavra destas num post) as declarações acerca do recente assassinato do líder espiritual do Hamas (Ahmed Yassin) pelas tropas israelitas, nota-se a intensa educação shakespeariana destes homens. Senão veja-se, por exemplo, o que diz o líder do Hamas (o nome, além de ser impronunciável, é completamente irrelevante para o caso) acerca disso: “Yassin é um homem numa nação e a nação num homem. E a retaliação desta nação será do tamanho deste homem. Irão ver actos e não palavras”. Fantástico, genial, soberbo, note-se a conjugação metafórica da personificação de Yassin com a nação, já para não falar da realmente inigualável mostra de certeza e convicção deste homem, acerca da retaliação é claro. Mas não se fica por aqui, o poético líder do Hamas diz-nos ainda outra pérola da literatura, que irá sem duvida ficar para a história de todo este conflito: “Sharon abriu as portas do Inferno e nada nos irá impedir de lhe cortar a cabeça”. Ora, percebe-se aqui que Sharon está em maus lençóis, isto porque, pelos vistos, o senhor líder do Hamas não gostou da brincadeira, mostrando aqui a sua fúria, dando a entender que o quer matar, cortando-lhe a cabeça. Como o vai fazer não explica, mas com tamanha intensidade poética não creio que alguém esteja propriamente interessado em saber.
Mas não acabam aqui as declarações dos senhores do Hamas, dizendo-nos outro que “Toda a Palestina se transformará num vulcão que queimará os inimigos”, ao que eu apenas posso responder com uma sentida recomendação para o prémio Camões, é realmente excepcional a imagem dada por este indivíduo da Palestina transformada num vulcão, que parece-me ser ligeiramente maior que o Etna, o que só por si já é perturbador, cuja lava escorreria pelas encostas a baixo em direcção a Israel, queimando os inimigos do Hamas. Soberbo mais uma vez.
Mais factual é o líder do Hezbollah, preferindo por seu turno dizer que “Os sionistas descobrirão em breve que cometeram uma enorme estupidez”, o que me leva a pensar que este senhor tem uma educação inferior à já demonstrada pelos dirigentes do Hamas, apesar de ser extremamente conciso e directo, não estando com meias palavras e chamando aos israelitas de estúpidos. Diplomático, no mínimo.
Noto pois que estes senhores andaram provavelmente todos na mesma escola, escola essa que deveria dar grande relevo ao modo correcto de uso da sua língua, nomeadamente no que diz respeito aos recursos estilísticos. Noto igualmente que também terá frequentado esta escola o senhor Mohamed al Sahaf, ex-ministro iraquiano da informação (lembram-se dele?), visto as declarações serem todas basicamente as mesmas.

Eu não acredito...
Gozem à vontade, eles bem merecem...

Se até eles os dizem, porque é que nós, simples mortais, os não poderemos usar também? Isto não é ofensivo, isto é cultura...
Vá, tudo a culturalizar bem alto!

Ouvi hoje no telejornal da RTP (sim, ouvi, porque não estava a olhar para lá, ao contrário do que se pensa não é preciso ver para se ouvir e perceber o que se diz) um general, ou tenente, ou que se seja, da GNR portuguesa em missão no Iraque a dizer que os portugueses são reconhecidos pelos iraquianos por serem expeditos no que fazem por onde passam. Isto tem todo o sentido, veja-se por exemplo o caso da saúde e da justiça em Portugal, sistemas sem dúvida bastante expeditos nas suas acções, concretamente no tempo de espera para que se tomem decisões. Fiquei pois com a ideia que os iraquianos sabem muito acerca de Portugal, provavelmente devido às informações que lhes dão os americanos, esses outros que também sabem muito sobre os outros países.

E agora, tempo para uma história realmente única neste Blog (ou não, ou não):
Um casal com problemas de infertilidade, após diversas tentativas frustradas para ter um filho, finalmente resigna-se à sua infeliz sorte e desiste de tentar. No entanto, chega um dia a casa a mulher, que se vira para o marido dizendo, com extrema e acutilante felicidade, “estou grávida!”, o marido, não cabendo em si de contente, promete que fará tudo para que o seu filho se torne uma grande pessoa, respeitável e feliz.
Ao nascer o seu filho, tanto pai e mãe reconhecem o dia como sendo o dia mais feliz das suas vidas, tentando-o depois educar da melhor maneira ao longo dos anos posteriores. O filho acaba por ter uma infância sem grandes problemas, conseguindo os pais cumprir a promessa de o educar bem. Tanto assim é que ele consegue ter grandes notas ao longo da primária, finda a qual, o pai, orgulhoso de ter um filho com tamanha aptidão, lhe pergunta o que quereria ele por ter obtido as notas que teve, ao que responde o filho:
– Uma bolinha amarela – desejo ao qual o pai imediatamente corresponde, oferecendo-a pela brilhante passagem pela primária.
Nos anos posteriores, o rapaz afirma-se realmente como sendo um aplicado e exímio estudante, conseguindo tirar notas extremamente altas no fim do 2º Ciclo (5º e 6º anos), findo o qual, e ainda mais satisfeito do que anteriormente, o pai lhe pergunta:
– Filho, vou-te dar uma prenda por teres essas notas. Diz-me, que queres tu que eu te dê?
– Queria uma bolinha amarela, pai – e o pai deu-lha, exasperadamente feliz por ter um filho tão inteligente.
Ao entrar no 3º Ciclo do ensino básico (7º, 8º, e 9º anos) com enormes expectativas, o filho do pai continua a ter excelentes notas, superando por inteiro tudo o que os pais desejavam e esperavam dele. Contentíssimo pelas notas atingidas pelo filho ao longo dos três anos, o pai, babado como sempre foi, oferece-lhe de novo uma prenda, sendo no entanto de novo o filho a escolhe-la, preferindo “uma bolinha amarela”.
Por ter notas de cariz tão elevado ele, o filho, escolhe saúde, uma vez no secundário, sendo o seu principal objectivo, por ser preocupado e consciente dos problemas dos outros, seguir medicina. Notou grandes diferenças em relação aos anos anteriores, embora nunca se deixando ir a baixo, mantendo a toada das notas elevadas, o suficiente para entrar no que queria, o que já é dizer bastante. O pai, satisfeitíssimo com a meritória entrada do seu querido filho na faculdade de medicina, e para premiar a maravilhosa frequência final dele, decidiu comprar-lhe algo que ele realmente desejasse, dizendo-lhe o filho, “Dá-me uma bolinha amarela”, ao que o pai correspondeu, comprando-a e oferecendo-lha.
Ao entrar na universidade, já extremamente contente por ter concretizado parte do seu sonho, esperavam-no 6 longos anos de estudo e aplicação, para que finalmente chegasse a médico, mas foi mesmo isso que ele fez, aplicou-se, estudou e tirou proveito, conseguindo formar-se em medicina ao fim desse tempo. E o pai, já sem palavras para exprimir o seu contentamento por ter um filho tão inteligente, e já médico, disse-lhe:
– Agora que és médico, tudo o que sempre quiseste ser, tu que és a maior alegria da minha vida, vou-te dar o que quiseres, é só pedires – e o filho pediu “uma bolinha amarela”.
Teve uma vida fabulosa, era de facto um excelente médico, requerido por toda a gente, ajudava e curava as pessoas, salvando inúmeras vidas. Teve um filho. O pai, mais uma vez, como prenda por lhe dar um neto e por ajudar tantas pessoas nas suas vidas, deu-lhe, de novo a seu pedido, “uma bolinha amarela”, deixando desta vez o pai realmente interrogado e curioso acerca do destino a que daria às bolas o filho.
Um dia, cinzento e chuvoso, o filho teve um acidente, na cama do hospital, às portas da morte, o pai, a seu lado, choroso, pergunta-lhe:
– Filho! Diz-me o que te dar para que tu sobrevivas, qualquer coisa, por mais impossível que seja, eu dar-ta-ei, só para que te mantenhas vivo! Que desejas tu?
– Eu só queria uma bolinha amarela – disse ele.
– Oh… mas, querido filho, nestes anos todos tenho-te oferecido bolas amarelas em todas as ocasiões importantes da tua vida, quando te poderia oferecer outra coisa qualquer que tu quisesses. Por favor responde-me, para que queres tu as bolinhas amarelas?
– Então, eu quero as bolinhas amarelas porque………….
E morreu.

Num momento de tão grande choque e constrangimento pelo condenável atentado sobre as estações de comboio em Madrid, este Blog aproveita para, embora sabendo que não vai dar em nada, exprimir a sua condenação por mais este atentado e, ao estar presente este post, fazer-se notar o seu luto pelas vitimas dos terroristas.
Death & H3ndriX

O sistema judicial português é um autêntico exemplo para os países africanos. Que o diga Kumba Ialá, o ex-presidente da Guiné, que, numa fantástica repetição do que aconteceu com Vale e Azevedo há umas semanas atrás, foi libertado e pouco tempo depois, de novo preso. A única diferença é que Kumba Ialá, além de estar apenas em prisão domiciliária, esteve mais tempo em liberdade, um fabuloso dia, ao contrário de Vale e Azevedo que, como se sabe, apenas saboreou o ar livre durante uns míseros segundos. O que não deixa de ser interessante constatar é a triste e sem dúvida pobre imitação que o sistema de justiça guineense fez do português, se o queriam imitar, ao menos que tentassem bater o recorde dos 16 segundos, agora um dia… Novatos…

Gostei da passagem aos quartos de final do FC Porto, como português que sou.
Gostei da exibição do FC Porto nas Antas (ou Dragão, ou lá o que é).
Gostei do 2º golo do McCarthy no Porto e da jogada do golo do Manchester United, a defesa do FC Porto parecia que queria imitar a do Benfica...
Gostei das declarações de Sir (?) Alex Ferguson antes do jogo, bem apertadas devem estar essas palavras na garganta dele neste momento.
Gostei do estado do relvado do Old Trafford, até parecia que o FC Porto estava a jogar em casa pelo estado daquilo…
Gostei da observação lúcida do fiscal de linha ao anular o golo ao Scholes.
Gostei dos assobios ao Vítor Baia sempre que ele tocava na bola.
Gostei da sorte inacreditável do FC Porto nesta 2ª mão.
Gostei das declarações sempre iguais dos jogadores e da equipa técnica do FC Porto, “Merecemos ganhar, dominámos o jogo, merecemos ganhar, fomos um vencedor justo, ah, e não se esqueçam, merecemos ganhar…”
Gosto da possibilidade que agora o FC Porto tem de perder pontos na Super (?) Liga devido ao cansaço (vale a pena continuar a sonhar… ou não, ou não…).

Foram ontem dadas a conhecer pelo Eurostat, as estatísticas sobre a saúde dos vários países da União Europeia. Através dessas estatísticas chegamos à brilhante conclusão que Portugal é dos países que menos médicos tem (265 por cada 100 mil habitantes), sendo apenas piores a Holanda (192) e a Inglaterra (179). Ora, esta notícia diz algo que realmente poucas pessoas neste país sabiam: existe um défice de médicos em Portugal. Isto de facto não tem muito sentido, pois todos sabemos a facilidade que os estudantes têm para chegarem a ter essa notável profissão, sendo baixas as notas de acesso às universidades (18? Qu’ é isso?), elevado o número de vagas disponíveis (cerca de 900, esse belo e redondo número), várias as universidades por onde escolher (sinceramente, acho que seis é um exagero) e relativamente reduzido o período de tempo de estudos, uma vez entrados na faculdade (apenas 6 anos).
Assim, podemo-nos interrogar se não seria melhor tentar baixar as médias de acesso, para que mais interessados e responsáveis estudantes conseguissem o sobre-humano objectivo de entrarem em Medicina. Aumentando as vagas, construindo mais faculdades e reduzindo o período de estudos, talvez se conseguisse aumentar o número de médicos em Portugal, melhorando provavelmente o respectivo sistema de saúde. Dizem que o governo está a trabalhar para que isto seja possível, mas o facto é que não se vê nada, as médias continuam altas e universidades novas (que eu me lembre) só uma, na Covilhã. É realmente muito pouco para um sistema (o de saúde) que cada vez mais precisa de sangue novo e de reformulações.
Mas continuem, esperemos pelo próximo estudo de mercado (desta feita talvez se incluam os novos aderentes à UE) para vermos quão mais Portugal terá descido nos rankings e se bate novos recordes de inferioridade.

Numas das minhas viagens pelo mundo da blogosfera nacional, descobri que meteram um link para este grandioso Blog no BLOGotinha. Aproveito, pois, para avisar a criadora desse Blog, que o mesmo deve ter sido atacado por um desses terríveis vírus que anda por ai anda a passear-se nos sistemas operativos microsoftianos, uma vez que só assim se explica a existência desse link. Gostaria também de alertar todos os outros bloggers para que estejam atentos às vossas listagens, sabe-se lá quando pode voltar a atacar este horrendo vírus…
(PS: Avisa-se que a permanência durante elevados períodos de tempo de links para este Blog noutros sites, pode provocar danos mentais permanentes nos respectivos donos.)

Mostrando mais uma vez a fantástica componente informativa que este Blog tem, passo aqui a falar dos sites recentemente criados para ajudar os estudantes finalistas do 12º ano a entrar no ensino superior. Bem, na realidade o site é mesmo só um mas, ainda não percebi bem porque razão, decidiram criar dois links para o dito cujo, o www.exames.org e o www.acesso.org. Os sites são de fácil consulta e são bem capazes de esclarecer bastantes dúvidas a todos vós (eu sei que não são muitos, mas pronto) que querem entrar numa faculdade para o ano.

Pois é, parece que hoje é o dia internacional da mulher… E que posso eu, ou alguém, dizer sobre esse dia? Bem, basicamente, posso dizer que esse belo e fascinante dia não passa de uma palhaçada, tão grande talvez como o dia do pai, ou da mãe e até mesmo da criança, dias apenas criados para que os comerciantes pudessem ganhar um pouco mais de dinheiro com as prendas compradas por todos os ignóbeis ignorantes que acreditam realmente na legitimidade desses dias.
Também me posso pronunciar sobre a total descriminação que é feita aos homens pela simples existência de um dia como esse, porque é que existe um dia da mulher e não um dia do homem? Andaram anos e anos as mulheres a pedir igualdade de direitos e agora são superiores aos homens, tendo mesmo direito a um dia só para elas? Vejam bem, até querem modificar a ordem natural das empresas para que as mulheres as chefiem nesse dia… Isto sinceramente, igualdade não estou bem a ver onde.

(Peço desculpa pela altamente reduzida profundidade emocional deste post, prometo que não volta a acontecer...)

As autoridades portuguesas vão de mal a pior. Foi recentemente detido o autor do grelo por, segundo dizem, “danos causados em painéis e placas de sinalização”, coisa sobre qual eu apenas posso dizer: MAS ESTÁ TUDO DOIDO??? Então prendem uma pessoa só porque cola uns papéis a dizer “www.grelo.com” em semáforos, placas de sinalização e outros sítios visíveis para os condutores? Mas, e todos os graffitis e anúncios, daqueles que colam por baixo dos viadutos por exemplo, espalhados por esse país? Será que não fizeram tanto mal como agora este que foi preso em Santarém? Vão começar agora a prender esses também? Não têm mais ninguém a prender e agora começam a inventar razões para encher os calabouços das esquadras… Tanta corrupção, tráfico de droga e sabe-se lá que mais crimes acontecem por esse país fora e prendem alguém cujo site apenas dá a conhecer os podres da sociedade.
Daqui a bocado começam a prender as pessoas que cospem para o chão, que não metem os papéis no lixo e que mandam as pastilhas (esses terríveis inimigos das solas dos sapatos) para o chão, com a desculpa de causarem danos irreversíveis na via pública… Isto não tem sentido nenhum.

Cientistas russos em missão no pólo norte foram mandados resgatar pelas autoridades do seu pais, após a notícia de que estão em risco de se afundarem no iceberg onde estavam a fazer as suas pesquisas. Uma sugestão pessoal que eu tinha a fazer aos simpáticos resgatadores russos era que aproveitassem a ida e passassem por Portugal para levarem aqui umas pessoas que também estão em risco de se afundar, casos de Durão Barroso (que, sendo um cherne, não deve ter grandes problemas no caso de afundar), Lili Caneças (estar emerso é o contrário de estar submerso), Paulo Portas (está quase a ir fazer companhia aos seus submarinos), os dirigentes futebolísticos Pinto da Costa, Dias da Cunha, o do Benfica que não me lembro do nome, Valentim Loureiro e agora o célebre Avelino (estes já estão todos mesmo no fundo, nem sei se valerá a pena tirarem-os de lá), entre tantos outros personagens da vida pública deste nosso cantinho à beira-mar plantado, na verdade é só escolher. Por favor tirem-os daqui!! Metam-os a trabalhar lá para a Sibéria, que são capazes de fazer melhor figura… ou não, ou não…

Saiu recentemente, ontem para ser mais conciso, outra avaliação estatística sobre os clubes mais ricos do mundo, sendo o Manchester United considerado, para variar, o clube com mais lucro do mundo na época de 2002/03. Outros clubes importantes e conhecidos, como o Real Madrid, estão posicionados a seguir, com ganhos na ordem de grandeza dos do Manchester, mas o que me deixa boquiaberto é a presença de dois clubes com claros problemas financeiros nos primeiros 20 classificados desta lista, o Leeds United e a Lazio. Se por acaso não tivessem vendido jogadores importantíssimos para se livrarem da banca rota, ainda podia admitir que estavam a mentir e a fingirem-se de coitadinhos para fugirem aos impostos, mas esse não é o caso: esses dois clubes estão mesmo na completa fossa. No entanto são agora mostrados estes valores, que dizem que esses clubes tiveram lucros à volta dos 90 milhões de euros (ai tanto dinheiro!!) e estão, ou estiveram, quase na falência… Imagino se não estivessem… Que terá acontecido num ano para que ficassem esses clubes tão pobres? Será culpa dos gestores? Será que o Benfica ainda vai aparecer neste top? Perguntas como estas são, de facto, de difícil resposta, podendo apenas especular.
Claro que, digo isto, quase na falência com lucros de 90 milhões de euros não me importava eu, e muitos clubes da nossa grande Super Liga, de estar.

Foi anunciado ontem por David Justino, o nosso ministro da educação, que vão passar a haver exames no 6º ano de escolaridade, a acrescentar aos exames do 12º ano e aos do 9º ano, que entram em vigor em 2005. Esta interessante ideia de dar cabo dos nervos aos jovens desde a mais tenra idade, veio à cabeça do ministro após terem sido divulgados os resultados das provas de aferição dos dois últimos anos, nas quais os nossos jovens aferidos não se comportaram propriamente bem, não conseguindo grandes resultados. A ideia, esplêndida diga-se, do ministro é então que passem a existir exames no 4º, 6º e 9º ano (sendo que os do 9º já vão entrar em 2005, como eu disse) de matemática e de português. Mas pergunto eu: porquê apenas matemática e português? Se querem realmente fazer exames, o que só por si já é mau, tendo em conta a idade dos examinados, que façam exames de todas as disciplinas, e não só matemática e português, serão elas importantes a esse ponto? Não me parece.
Depois há o caso de crianças com 9 e 12 anos fazerem exames nacionais tão cedo, porque se já para indivíduos com 17 e 18 anos os exames nacionais são, alem de uma carga de trabalho, um atrofio mental de todo o tamanho, então imaginem para miúdos de 9 anos, que não têm, nem de perto nem de longe, as capacidades mentais dos de 18. Mas enfim, o ministro deve estar a pensar no futuro da psiquiatria em Portugal.

Vou aqui falar (ou escrever, para os mais atentos, que notaram que isto é um Blog e portanto não se ouve, apenas se lê) sobre a malfadada palavra alfacinha, que como sabem significa pessoa oriunda de Lisboa. No entanto, e pergunto eu, porquê alfacinha? Porque chamam aos lisboetas de alfacinhas? Porquê esta descriminação aos restantes vegetais? Não são todos nutritivos? Será que tomatinhos era assim tão mau? Bem, pensado melhor talvez fosse…
Mas voltando à questão em causa, qual será de facto a origem etimológica de alfacinhas? Poderá ter haver com a agricultura de Lisboa à alguns séculos atrás, altura da implantação de tal expressão, onde se produziriam, e consumiram provavelmente, alfaces (esse verde vegetal) em grande quantidade. Mas seria preciso realmente um exagero de alfaces para que começassem a chamar-se de alfacinhas, e quem é que, tendo por base uma alimentação apoiada em alfaces, gostaria que lhe chamassem alfacinha? Porque, suponho eu, de alfaces já estavam eles fartos, todos os dias a cavar, plantar, colher e comer alfaces, imagino o drama destas pessoas, e depois ainda lhes chamam alfacinhas! Já não há respeito… Posso também pronunciar-me sobre o diminutivo, alfacinha, é que não bastava serem alfaces, eram também inhas… Seriam as alfaces, produzidas e consumidas por esses antigos lisboetas, pequenas? Ou seria um paralelismo para com o aspecto físico desses indivíduos? Portanto os antigos moradores comeriam alfaces pequenas, ou então apenas alfaces, e talvez fosse por isso que fossem pequenos, porque, de facto, uma alimentação baseada em alfaces não contribui propriamente em muito para a evolução física de uma pessoa.
Outra teoria, talvez mais plausível que propriamente a apresentada anteriormente, é a de que os lisboetas descendem todos de alfaces, sendo pois normal a adopção desse nome por parte dos habitantes dessa cidade alface… Embora claro, se os antigos lisboetas seriam alfaces, então os antigos habitantes do porto seriam tripas… mas não me quero alargar sobre isso, é deveras nojento só imaginar…

PS: Se alguém ler este post souber mesmo qual é a origem da palavra alfacinhas (e porque não tripeiros), pedia-lhe que no comentário explica-se essa origem, para ver quão perto estão as minhas teorias da verdade.

Ai está, finalmente descobriram que de facto existiu água em Marte, confirmação há muito esperada pela comunidade científica internacional, que agora se pode virar para bem mais complicados assuntos internos, entenda-se terrestres, assuntos que nos deixam a todos incertos sobre se são ou não verdade, como a existência de um neurónio no cérebro de George W. Bush, ou mesmo a possibilidade de Portugal, leia-se Manuela Ferreira Leite, conseguir colocar o défice inferior a 2 %. Situações que a confirmarem-se nos deixarão, estas sim, incrédulos, a afirmar:
“ – Não, isto não pode ser verdade! Não acredito…”

Li esta notícia sobre uma competição de espumantes que está a ter lugar na Alemanha e onde premiaram três dos nossos bem reconhecidos vinhos. Este prémio deixou-me extremamente contente, pois finalmente Portugal é reconhecido internacionalmente por alguma coisa, e se beber qualquer coisa alcoólica tem algo a ver com isso tanto melhor, porque assim também contribui para mantermos a nossa prestigiada posição no que diz respeito à taxa de acidentes de viação. Muito bem Portugal!